Q uando vejo notícias destas lembro-me do senhor da enxada, com camisa com manchas das bananeiras no rali da Calheta, que se tornou viral no Facebook. Se não fosse tão evidente dizia para a malta guardar o recorte. Já cansa estas notícias impressionistas para madeirense se babar enquanto este governo não dá soluções a coisas mais banais como sem abrigo, crime, desemprego, apoios a tanta coisa que não se efectivam, etc.
Outros já tiveram no passado a ideia do Pólo Científico e Tecnológico e acabou em jantares do PSD e armazém dos Correios. Também vinham árabes investir no Vale da Penteada, com teleférico e tantos edifícios de ponta todos estilosos, era tempo do João Cunha e Silva, acabamos com um jardim à pressa para inaugurar nas últimas Regionais. Sem falar no Brava Valley, um "silicone" postiço a imitar o da Califórnia com uma só empresa a ser levada ao colo.
A excitação vem de um cabo submarino capaz de catapultar a indústria agro-alimentar (??? Onde ????), turismo (este que está sem aviões e 68% dos hotéis encerrados? A deriva?), mar (com esta secretaria?), economia circular (com o Telexfree do Barreto ou a conselheira-lobista da Pedra?), bio-sustentabilidade (com a estrada das Ginjas?), saúde e bem-estar (com a nossa Saúde e tantos pobres?) e digitalização ... aqui estamos menos mal, o arquivo regional vai sendo exemplo mas de resto ... a única máquina de carregar receitas na Rua das Pretas ainda está avariada? E de comunicações? As que escaldam no custo e com débitos que tem dias? Qual digitalização? A das redes pesadíssimas do Governo Regional, por exemplo as dedicadas à Educação?
Ahh já sei onde querem chegar, depois de esgotada a solução dos 6 a 8 Técnicos-Especialista por secretaria a 3.500€ mês, havendo já o M-ITI – Madeira Interactive Technologies Institute e a ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação; o Jorge Carvalho quer promover mais um sucedâneo para sacar dinheiro aos fundos da Europa em nome da ciência, formação e investigação mas que agora, vai embrulhada de arma de arremesso ao Plano de Recuperação de Portugal. No final fica espaço para mais um tacho com o Instituto de Ciência e Tecnologia. Os organismos que não produzem nada multiplicam-se ... pelo menos estes não se arriscam a perder o emprego e à pobreza. A economia real deveria imitar este grande futuro.
