Albuquerque e a ideia de quantidade/ qualidade

 


H á um certo ar de controlo e domínio total das instituições, dos diversos poderes em democracia, dos cargos até na mais simples associação, nem que seja para jogar às cartas. É uma democracia doentia à caça ... em vez de governar para todos. Deste domínio nascem as tiradas jocosas sobre o número de pessoas que participam, com opinião e cidadania, nos assuntos do interesse de todos. É o directo e em carne viva, a perseguição movida nas redes sociais onde muitos são banidos por serem decentes e opinar por outros, também com poder, e também "afectados" por soberba anti-democrática.

Há um paralelismo interessante, a aflição nas campanhas eleitorais, que deixaram de ser pêra doce para o PSD, por serem disputadas por votos, na casa das dezenas, já não é assunto para rir. É até interessante que o indivíduo que goza do número de manifestantes da "Estrada das Ginjas" esteja preso por um deputado e por um partido de táxi. Se os resultados continuarem a descer, com qual "minúsculo" jocoso se vão coligar? Portanto, menos ainda que a quantidade é não existir.

Também é pela ideia de domínio total que nasce a impunidade que, a par do tal jocoso, se traduz em gente muito "forte" com "poder" que não tem categoria para o ter. Governo e parlamentarismo é anedota na Madeira, ninguém quer dizer ditadura porque reverterá contra todos os madeirenses mas muitos pensam, e então soltam o "autoritarismo". A pouca participação em manifes ou opiniões deve-se ao medo que o poder, ostensivo e autoritário, exerce sobre questões essenciais da sobrevivência como comer, vestir, ter saúde, pagar custos fixo, a casa, etc. O poder divide os madeirenses, uns tudo podem, outros nada podem.

O PSD não tem as pessoas leais e convencidas dos seus argumentos ou governação. O PSD tem o q.b, de comprados, sabujos, seguidistas e tachistas para executar q.b. o seu plano de poder. A quantidade escasseia e a qualidade não existe. É por isso que temos que debater coisas absurdas como ter um helicóptero para combate a incêndios, um ferry para ligar ao continente e a protecção do maior valor que temos reconhecido, a Laurissilva.

Estou em crer que Miguel Albuquerque vai se arrepender, e muito, daquelas palavras sobre o número de manifestantes contra a pavimentação da Estrada das Ginjas. A sua popularidade continua a abicar e as perseguições significam medo de perder o poder, medo de descer à dura realidade que existe para além da propaganda.

Estamos a viver os dias do fim, o poder em suspiro manifesta-se forte, parece que tudo é crime nos nossos dias, falar com alguém, dar um like no Facebook, ter opinião, tudo se deturpa para que o verdadeiro crime se abafe e o coitado que é decente receba o virar do bico ao prego e acabe em malvado, com a complacência do medo e a contribuição do séquito para além dos poderes dominados.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 17 de Setembro de 2020 16:12
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