A Iolanda dos Impostos

 


E ra uma vez uma terra bonita e muito, muito distante, chamada “Terra do Nunca”. Nessa terra linda e verde vivia uma senhora chamada Iolanda muito, muito má, que era a cobradora de impostos do Rei.

Todos os habitantes da “Terra do Nunca” pagavam impostos para que o Rei pudesse fazer estradas, prédios, pontes, comprar remédios para os mais doentes e idosos, e acima de tudo os protegesse dos ladrões e bandidos. 

O povo vivia feliz na “Terra do Nunca” trabalhando de sol a sol e lá uma vez por ano vinha a Iolanda receber os impostos devidos.

O problema é que em alguns anos, as pragas, o vento e o granizo estragavam os terrenos férteis da “Terra do Nunca” e, muitos agricultores, não tinham como pagar pelo que pediam clemencia ao Rei para adiar o pagamento para quando pudessem. A famosa Iolanda dos impostos fazia uma lista dos que não pagavam e guardava-a com ela, sem dizer nada ao Rei.

O castigo do Rei para os que não pagavam era a pena de morte na guilhotina, pelo que o povo temente esforçava-se por cumprir os pagamentos o mais depressa possível, com a Iolanda a pressionar. 

A Iolanda, que além de má, era muito esperta, sempre que o nome de alguém era colocado no início da lista para a guilhotina, ia aos terrenos do devedor, e com a complacência do agricultor, trazia para ela e para os amigos, abóboras, semilhas, couves e cebolas. 

Em troca das ofertas, a Iolanda riscava o nome do devedor, colocava-o no fim da lista, e seguia para o terreno do próximo da lista. 

Os meses passaram e os agricultores que não conseguiam pagar continuavam a oferecer semilhas, couves e cebolas à Iolanda, porque sempre era mais barato do que pagar os impostos devidos ao Rei.  

Os anos passavam, e enquanto o povo ficava mais pobre, Iolanda engordava com as semilhas mas, um dia, o Rei descobriu que o Povo já não pagava impostos e como castigo mandou o Xerife matar todos os que deviam impostos ao reino.

Em consequência da decisão do Rei, a diabólica Iolanda emagreceu, o reino ficou sem agricultores, sem estradas e sem remédios, e viveram todos infelizes para sempre na “Terra do Nunca”. 

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Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 18 de Setembro de 2020 10:16
Todos os elementos enviados pelo autor. Ilustração CM.