Serial Killers



O Redator Chefe do Correio da Madeira, que foi recentemente comprado pelo Grupo Café do Teatro, não quer que se publique nada sobre o Porto Santo sem ele ler primeiro porque é sabido que os Porto-santenses não têm sentido de humor e o CM pode perder os dois únicos leitores que tem no Porto Santo. 

Mas como ele foi de férias 15 dias para a Albânia - e como patrão fora de casa é feriado na loja - os jornalistas idóneos do CM decidiram ir na mesma à Ilha Dourada, para descobrir porque é que o Porto Santo passou da Zona de COVID mais segura do País para uma das zonas mais perigosas de Portugal.

Para ficar mais barato, os três jornalistas meteram-se numa mala com a trotinete elétrica e foram despachados todos no porão do Lobo Marinho por 30€ + IVA. E tirando o facto de um deles ter enjoado com as vibrações do motor e vomitado a pizza de anchovas em cima dos outros dois, a viagem até correu bem, a mala estava mais limpa do que os WC do "paquete".

Chegados ao Porto Santo, depois de um banho e de terem comido o resto da pizza, os jornalistas deslocaram-se de trotinete até ao Posto Policial onde foram logo multados por um zeloso agente por virem os três em cima da mesma sem capacete. 

Segundo soubemos pelo comandante, os efetivos policiais em agosto no Porto Santo são deficitários, infelizmente quatro agentes estavam de baixa médica e outros quatro meteram umas merecidas férias no mês de agosto, pelo que foi necessário pedir os necessários reforços ao Comando do Funchal.

Entretanto, o CM soube por um agente, que quis manter o anonimato, que a situação estava muito complicada, e que o Porto Santo era agora uma zona de criminalidade elevada. Visivelmente emocionado, o agente contou que duas criminosas madeirenses, já referenciadas por serem Serial Killers, assaltaram uma loja e roubaram um saco de batatas fritas, e que como ofereceram resistência, foi necessário utilizar a força com recurso a Tasers e algemas. 

O Agente mostrando algum nervosismo e muito stress pós-traumático, acrescentou que, ainda ontem uma patrulha armada com coletes e shotguns, tinham detido outro criminoso madeirense por ter escarrado para o chão. Visivelmente perturbado, o agente acrescentou que os madeirenses são uma etnia pior do que os miras da Venezuela.

O agente mostrou-se chocado pelos elevados estacionamentos selvagens em cima dos passeios, que inclusive, já os fez esgotar todos os livros de multas e duas esferográficas. E que o pior é que agora até vão ter de fazer horas extraordinárias para preencher milhares de autos.

Curiosos, os jornalistas do CM perguntaram pela detenção do traficante de heroína, pelo que foram informados que o detido era um pobre desgraçado, foi-lhe decretado o termo de identidade e residência, mas que a heroína como era madeirense, quase não é crime e foi logo "destruída" sem piedade, acabando os agentes e meia cidade vila Baleira com uma bomba nos corninhos.

Mais calmo, o agente confessou que, dada a situação de Estado de Alerta, até o Presidente da Republica já lhe telefonou pessoalmente a agradecer a coragem e a destreza pelos serviços prestados na manutenção da Lei e da Ordem no Porto Santo.