Paulo Fontes precisa de sabão macaco na língua e um upgrade ao cérebro

O António Trindade é pessoa que transmite o bom gosto que tem nos seus hotéis. Não é um "comerciante", é ponderado, factual e estudioso da sua área (hotelaria+turismo). É dos tais elementos da nossa sociedade que provavelmente nunca chegará à governação mas que todos respeitam porque dava um belíssimo Secretário Regional do Turismo, desta feita com total domínio do assunto, nada a ver com Cabaços, Eduardos, Estudantes e demais idiotas que têm vindo a destruir o Turismo após João Carlos Abreu. Dá passos com muita consciência e sabe do que fala porque retira dos seus cliente a opinião para se posicionar.

O senhor José Paulo Baptista Fontes é um homem de carreira pública, foi secretário das finanças de Jardim, esteve na Assembleia enquanto vice-presidente, esteve no Banif (nada evitou porque esteve para abusar e ganhar dinheiro), recentemente esteve a meter o descalabro da Fundação Social Democrata na ordem enquanto aguarda por emprego público. Teve o cargo de representante da Região Autónoma da Madeira no Conselho Económico e Social mas falhou a Horários do Funchal por razões legais e de levantamento popular.

Um arrisca o seu dinheiro, António Trindade. O outro vocifera na esfera da coisa pública ou zona de conforto sem risco, José Paulo Fontes.

Pessoalmente estou a ficar farto, porque não vejo resultados, nesta escola com origem nos tiques de sucesso do PSD Madeira, onde muitos resolvem os seus diferendos e incompetências, abrigando-se na Madeira e nos madeirenses, no inimigo externo, ou de enxovalhar quem contraria suportado em factos e diz verdades inconvenientes ao chamado sistema.

No entanto, sou obrigado a conferir que se de alguma forma António Trindade teve sucesso, este não se deveu exclusivamente à sua qualidade e nalguma parte deve ter beneficiado do "sistema", no entanto, não se tornou um pato bravo desrespeitador de todos, com a chave da retrete, como esse novel hoteleiro chamado Avelino. Esse, é tão eixo do sistema que nos consome, que com aquele enorme hotel para encher anda calado pelo erro que cometeu. Tem um governo na mão que só faz asneiras, é co-responsável com seu empregado Calado que afinal manda em tudo ...

Um tem hoteleiro tem a força da razão e o outro a razão da força. Um tem os seus limites para tolerar erros monumentais e suporta-se no mercado, o outro é "governo" e é co-autor dos erros com seu empregado, na avaliação dos prós e contras ... é melhor ficar "Calado" ao quadrado. Não se suporta no mercado mas sim no privilégio dos dinheiros públicos à disposição. Era da Presidência arrendar todos os estacionamentos e ver a possibilidade de mais isenções ...

Com este enquadramento, temos António Trindade que fala calmamente debitando ideias e experiências para o bem da Madeira e do outro lado temos um homem dos empregos do sistema que nunca sabe o que vai dizer numa linguagem do meia bola e força, atabalhoado, e que vai encontrando algum sentido no exacto momento que vocifera. Não tem argumentos estruturados, usa a paixão do madeirense pelo rallies. É mais um, na boa tradição do PSD mais recente, que tudo se resolve à bruta porque deixou de usar à massa cinzenta ... e o poder espalma.

Conforme os casos se vão sucedendo, podemos ver que o Avelino justifica um mamarracho porque vai criar emprego e toda gente vai ao terraço do dito cujo ao brinde da máfia. António Trindade já não merece respeito porque garante igualmente emprego com mais classe mas não é do PSD.

Tivemos um momento de anulação do pragmatismo e do exacerbar do populismo estúpido que está a matar a Madeira. Há muita coisa que nos deixa pobres, desde logo todas as mamas distribuídas pelo PSD aos seus mas também o despesismo do Futebol, do Rally decadente, de todo tipo de "eventos circo" que distrai o povo da realidade social e económica. Passado rally, na total incongruência, o povo em crise já é capaz de "matar" Paulo Fontes porque quer dinheiro na algibeira.

Enquanto o povo se mantiver estúpido nesta onda, os medíocres vão vencendo mas, todos cada vez mais pobres a sustentar elites.