"Morrendo" alegremente



C omeça a ser preocupante a uniformização da informação na Madeira, porque é ignóbil e falaciosa, só coisas bonitas mas, a trechos, sai alguma verdade pela boca de gente desligada da "máfia". Infelizmente, os políticos vão tratando da sua vidinha de anúncios estéreis, que nunca chegam às pessoas, e a manutenção de uma agenda mediática, do tipo "água mole em pedra dura", onde Pedro Calado tenta se impor para assaltar o PSD e o poder, com a ajuda de Alberto João e o Avelino, num futuro próximo.

Entretanto, tentam ver se "despacham" Albuquerque com uma candidatura Presidencial, muito forçada e sem hipóteses, com um desespero nos timings que ainda pode dar barraca. Basta para tal, que Albuquerque, em plena posse de cargos, lhe dê a "maluqueira" de se antecipar de novo, como fez nas mais recentes Regionais e onde à partida não deveria ser candidato. Com uma jogada de antecipação, impôs-se e obrigou o PSD a silenciar à sua volta. Só louco ou com uma promessa de um El Dorado fará Albuquerque engrenar na vergonha porque não é estúpido para se meter no "assador" por vontade dos seus detractores, ainda por cima com um Marcelo que até já dá para chegar primeiro, com larga vantagem, do que qualquer nadador-socorrista.

A insistência de Jardim numa candidatura de Albuquerque à Presidência da República está-se a tornar patética mas ... pronto, esta é a brincadeira que lhes interessa de momento, enquanto a Madeira definha aceleradamente. É isso que me faz escrever no CM.

Paralelamente à política abastada e de oportunidades, que nunca vai cair na pobreza do cidadão comum, segue uma outra Madeira bem diferente do que pintam os órgãos de comunicação social. O de estarmos em crise mas existe assistencialismo, muitos milhões, uma mão aos pobres tão valiosos para votar agradecidos, linhas de apoio às diversas áreas da economia. Na prática, valem zero, e as pessoas e empresas sabem-no, será que se vão iludir? O PSD Madeira tenta por anúncios que uma boa quantidade de eleitores ache que governa bem para, ainda assim, manter uma popularidade que se vai esfumando com o fim do heroísmo do Covid-19, perante uma Saúde que está a "matar" ausente nas restantes patologias.

A hotelaria é uma das grandes receitas da região e que dá emprego, neste momento, a maior parte segue fechada a tentar, nalgumas cadeias hoteleiras, enfiar os turistas num ou dois hotéis para poder rentabilizar. O problema é que os aviões vêem meios vazios e as companhias não sentem a ignição para rentabilizar os voos, estão a perder dinheiro. Numa situação de crise, não poderão aguentar por muito mais tempo e acabarão por começar a cancelar rotas porque, mais despesa do que lucro, vai afundá-las na já de si situação frágil. Por outro lado, os turistas começam a regressar mais cedo a casa, com vários países a impor restrições e quarentenas porque os surtos de Covid-19 estão a evoluir para algo que não se sabe se é segunda vaga, o que neutraliza e regride todo o trabalho de relançamento.

Enquanto tudo é rosa ou laranja nos periódicos, surgiu um hoteleiro credenciado a dizer a verdade, o Backmeier ... após o Trindade, vão trazendo a realidade. Neste caso do mercado alemão, o que reagiu mais depressa mas parece ser sol de pouca dura. Peço ao Correio da Madeira que publique essas palavras neste meu texto.

Parece que tal como nos partidos, onde já não olhamos para eles e a ideologia, na comunicação social conta o entrevistado livre que diz as verdades, tudo o resto é uma grande ilusão chamada Madeira. Vamos nos dar mal ... alegremente.


Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 17 de Agosto de 2020 06:53
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