A s redes sociais divulgaram duas opiniões opostas sobre as inspeções automóveis. Alberto João Jardim defendeu no Twitter o monopólio, para que o dinheiro não vá para Lisboa. Diversamente, o Bloco de Esquerda propôs a gestão pública. A opinião do Bloco é, obviamente, a mais acertada.
A proposta do Bloco de Esquerda é muito oportuna. A gestão pública não só é prevista pela legislação europeia, como também teria muitas vantagens para a população madeirense. Aliás, o atual exclusivo da família Henriques consegue a proeza de juntar o pior dos dois sistemas, público e privado.
O monopólio não protege o interesse público, porque a região lucra muito pouco. Os cofres regionais apenas recebem 15% da tarifa de cada inspeção realizada. Por isso, a opinião de Jardim é uma meia verdade: o dinheiro não vai para Lisboa, mas também não vai para a população local e fica quase todo na carteira dos Henriques.
O monopólio também não protege o interesse dos privados. As empresas madeirenses não podem operar no mercado, apenas porque o governo regional quis favorecer os amigos Henriques. A adjudicação já foi invalidada pelos tribunais, mas as autoridades teimam em não obedecer. Um péssimo exemplo vindo de quem deveria ser o primeiro a cumprir as leis.
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Domingo, 23 de Agosto de 2020 11:48
Todos os elementos enviados por Flávio Sousa.
