A Fajã da Ovelha tem um herói




Bom dia a todos

É de ressalvar nesta manhã em que o assunto dos vandalismos no Porto Santo dominam, de forma justa e que é preciso corrigir, que o Presidente da Junta da Fajã da Ovelha tem fibra e não se deixou "acagaçar" pelas ameaças de outros vândalos, por outra gente que também vegeta na impunidade.

É comum se sentir, em tom de ameaça, a frustração daqueles que pensando que têm tudo controlado se vêem expostos nas safadezas que praticam. Parece que, para alguns, é dado adquirido que por se acharem superiores ou por terem dinheiro, que podem transgredir a lei. Por se sentirem de costas quentes pelo Governo que podem prevaricar porque depois, estando a bem com eles, até podem chegar a uma Comissão de Inquérito e safam-se com um "louvor". Vamos ver Carlos Teles como se comporta, não vale entre os pingos da chuva, Pôncio Pilatos ou a culpa é dos outros. E, não me venham mais uma vez com histórias de permitir o abuso da lei porque dá emprego, porque é para a Saúde Pública, etc, isso é abrir precedentes que justificam mais abusos por parte de outros. Eu em Tribunal não posso recriar a lei em meu favor com a minha capacidade de justificar.

Se não se dá valor à Constituição, não se respeita a Lei e a propriedade de cada um e o enquadramento de benefícios adquiridos, estamos num sítio que não comunga do Estado de Direito mas sim, tal como em muitos concursos públicos, numa ordem dos mais poderosos da política e da economia. Tal como se extinguiu o mérito na Madeira, instalamos a mediocridade e a incompetência, avançar para um sítio de impunidade, naturalmente sem lei, acabará numa guerra civil com todos a invocar as suas razões que se tornarão lei ... à medida de cada um.

São muitos os casos de abuso de confiança e da lei no projecto da Fajã da Ovelha e alguns lesados, se ainda assim o prevaricador vencer, podem acreditar que está ali a última gota que vai encher o copo, à luz de uma crise sanitária que provoca uma económica, ao que acresce o Porto Santo que mostra o que temos, uma nova ordem regional que nos promete um futuro desregrado e desumano.

A par da Fajã da Ovelha, também temos o projecto do Campo de Golfe da Ponta do Pargo, outra monstruosidade megalómana, da qual alguns já fogem, onde um hotel terá extensas áreas de um campo de golfe e que já vimos, com o Porto Santo e no Santo da Serra, não ter viabilidade na Madeira sem o erário público a apoiar mas que, mesmo assim, importa seguir em frente porque é mais uma "despesa de construção". O Golfe inviável consumirá toda a eventual rentabilidade do hotel acabando por ficar os terrenos de novo num pasto. E já agora, com a voracidade das jaulas de Douradas do regime em atingir os níveis de produção das Canárias, porque não montar algumas na paisagem do campo de golfe? Aí já não presta mas ... serve para os outros que também exploram a actividade turística?

Quando temos gente verdadeira como esta, o Presidente da Junta da Fajã da Ovelha, que não se torna um molusco perante as dificuldades e as ameaças, independentemente do partido de que seja, é de conservar. Eu acredito piamente que nos dias de hoje, no estado em que estão os partidos, todos nós acabamos por escolher pessoas e não ideologias ou partido. Pouco acreditamos nesta democracia da Madeira mas sim num ou outro bom elementos que aparece.

Termino dizendo ao Correio da Madeira para se aguentar porque é mordaz e verdadeiro e enche-nos o coração a cada dia, parece um oásis.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 14 de Agosto de 2020 10:23
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