H á pouco li a notícia no DN de que a câmara do Funchal vai ter a sua própria fonte de informação, o que não é um boletim municipal, outra situação perfeitamente normal numa autarquia. Tacitamente, é uma desconfiança sobre o papel dos mais diversos órgãos, TV, rádios e imprensa. Segundo quem promove, não devem "informar" sob o prisma que lhe agrada, lhe é conveniente ou com a lisura e profissionalismo esperada. Depois de tanta aposta em comunicação dos adversários, é possível criticar mas não condenar.
Os jornalistas vendidos da praça, por natureza ou por instabilidade laboral, cada em maior número e a par dos DDT que compram jornais e outros órgãos, geram na Madeira o caos informativo e a descredibilização. São profundamente desonestos e deram forte contributo para a desvalorização da sua função na democracia da Madeira enquanto seu pilar ... em colapso. Gente fraca. Com este cartão de visita, os políticos que pretendem ser reeleitos vão buscar os mesmos jornalistas que não se evidenciam pela positiva nos jornais. Naturalmente querem quem escreva mas não que pense. O lugar foi a concurso?
O facto é que, quanto mais dinheiro se gasta para fazer contra-informação ou comunicação, menos eficácia existe em todos. Nada como a terceira parte fidedigna a narrar com rectidão, comparação, contraditório e deontologia para haver aceitação como idónea. Nenhum leitor bem informado, apesar de todas as virtudes dos jornalistas, é integralmente enganado, topa-se as intenções, intui-se.
Miguel Silva Gouveia percorre os mesmos caminhos de Paulo Cafôfo, que não é exemplo, e é outro sem bases que desconhece completamente os valores disponíveis no mercado para construir uma equipa vitoriosa. Tudo vai pela cunha, pela proximidade, pela ignorância, pelo arrastar de asa. Os melhores não se expõem para "venda", é preciso ter rodagem e daí nasce o golpe de vista e o rascunho de nomes para memória futura.
Tanto o PSD com a sua agência de comunicação, agora a CMF, os órgãos dos DTT, etc, mergulham a informação numa crise de idoneidade sem precedentes e, os maus jornalistas, vendidos, abusivos, assessores e fretistas, estão cada vez mais a tornar as Redes Sociais como local da informação crua onde cada um retira ilações.
Se os escolhidos para liderar as mais diversas áreas tivessem uma presença respeitada, fazendo fé nos munícipes, nada disto seria necessário. Propaganda a rodos entra num ouvido e sai noutro.
Tudo isto é palha e a vitória ou derrota de Miguel Silva Gouveia está em quem se rodeia (tal como Paulo Cafôfo), a teimosia no que está errado e não muda, o trabalho camarário e a popularidade dos vereadores que eventualmente transitem para a lista candidata e ... o candidato que o PSD apresentar! Sim, de facto o PSD está mal mas tem matéria prima ... sempre. Muitas vezes é uma questão de orgulho para convidar ou não o "vitorioso" certo. Mas, ponham-se todos na mediocridade, e ainda aparece uma lista de independentes vitoriosa com uma mensagem de limpeza das guerras políticas no seio da CMF. Basta ser credível, é possível em Autárquicas.
Quanto aos PSD's que andam a escrever no CM, insultando com "sonso" Gouveia, era bom que medissem os argumentos. Houve um tempo que diziam que Cafôfo deveria sair da Presidência da CMF para ser candidato, depois veio Rubina e fez pior, dizer que o vice que subiu à presidência não é legítimo, pode colidir com o facto de quando Albuquerque sair para Calado ser candidato nas próximas regionais ... terem que engolir uma savana de leões.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 4 de Agosto de 2020 16:38
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