Quando a lama matar a Comissão de Inquérito iliba

Pedras: os ilibados da Comissão de Inquérito voltam à carga.

N ão há muito para dizer, já foi tudo dito e recalcado, todos os madeirenses sabem, eles são honrados e impolutos e o povo é má língua e invejoso. Está tudo de acordo com a lei, ligeiros desvios, a culpa e fiscalização é de ninguém, há omissões mas nada que importe. Os vizinhos estão tontos e vêem coisas que não existem. Engraçado, a pedra vai curiosamente embora e fica a terra, que nem dá para plantar mas, umas boas chuvadas vão trazer a "alegria" a cidade, ou mais acima. Fazem crivos para não passar pedra mas o serviço é tão excepcional que vão ter que montar peneiros para reter a terra.

Toda gente faz o seu papel de acordo com as regras e fingem todos não saber o que se passa. Diplomacia, cinismo, tudo politicamente correcto, porque uns têm a força do dinheiro para estragar a vida aos outros. A "carta", que depois tomam conhecimento nos anexos que vou enviar, não é para informar e ter atenção ou sequer esperar que o GR resolva, é para entalar. Agora sim, acontecendo uma desgraça, começa a haver papéis para o tribunal e, se o senhor secretário continuar dócil e colaborante, há-de perceber que a política e os DDT's preparam-lhe a cadeia. Há responsabilidades.

Há dias, no CM, li a situação de um indivíduo que decidi copiar, é chapadinho o que acontece no artigo do Diário, na ribeira de São João:

Há poucos dias, conheci o caso de um privado que viu os seus terrenos completamente baldeados por máquinas à procura de pedra. Tem um terreno perto de uma linha de água, pensaram que era tudo público. Ainda com humor, dizia que foi para a segurança dele, foi um grande favor que lhe fizeram para agora, se vier caudal forte e sem as pedras de delimitação do terreno, a natureza também lhe levar a terra. Continuando com um humor perto da explosão de raiva, diz que sem pedra para uma construção no seu terreno, terá que comprá-las ao ladrão e chamar as mesmas máquinas do roubo para endireitar a propriedade. O homem nunca será honrado porque não tem dinheiro para a Justiça, só a herança da família.

(link onde está o artigo: Inertes, exemplo de cleptocracia)

Não pode haver fiscalização séria se são os DDT's das obras que colocam governantes e deputados no poder. Os que dizem a verdade são perseguidos com a capacidade de manipular do governo, assembleia e a força do dinheiro com advogados. O Ministério Público parece que não se mexe, e tudo isto vai acabar com uns a atirar para os outros as culpas, quando houver uma desgraça. A Ribeira de São João há muito que é falada, ora por pedra amontoada, ora pelo seu desaparecimento. Penso que nos querem vencer pelo cansaço, a sensação de que não vale a pena se queixar porque está tudo controlado. Que venham as chuvadas mas que não mate ninguém, parece que só a natureza pode meter ordem nisto.