O dilema dos empresários



O s empresários estão num problema de "desmame", longe de qualquer sentido pejorativo, vêem-se confrontados com uma queda monumental da economia e, a partir do momento que acabe o layoff ou decidam arrancar, quase ninguém terá capacidade para segurar os custos fixos sem começar a somar dívidas, até ao ponto em que exista uma economia de escala que reponha os cenários anteriores à pandemia. Ora, a situação de compasso de espera para o restabelecimento, pode significar entre um a dois anos. É incomportável. Muitos pensam em fechar para reabrir, mas nem todas as áreas de actividade se podem dar ao luxo de perder os clientes para reactivar mais tarde mas, também se manter no sufoco de acumular dívidas, dará o mesmo resultado fatídico.

É altura de acabar de vez com esta ostentação de superioridade que incutiram nos madeirenses, vezes sem conta, nos defaults do país e da região, no 20 de fevereiro, nos grandes incêndios e agora com o Covid-19. Percebemos que não somos nada sem o exterior a ajudar e, por favor, não acreditem em Alberto João, termos sim dívida e muita. Faz impressão que a Madeira não tenha um fundo de catástrofes, um pé de meia para acudir o seu povo em vez de se incompatibilizar com toda gente, fruto do histerismo de quem governa saber que é um trapezista sem rede.

Quanto ao GR, entre bons momentos, maus e outros por arrastamento, tem muitas hesitações e demonstrações de força ou convicção que dão para o torto, acabando muito tarde por aderir à realidade, são os maiores que ditam as regras. Conversando e ouvindo lucravam mais, vejam como os Açores deram um baile nos 166 postos de testes Covid-19 contra um da Madeira no continente. Foi falta de ouvir e de falar. A Madeira cria a sua realidade isolada do resto e precisamos dos continentais com os Açores já em vantagem. Meus senhores, o GR não foi herói, fechar qualquer um fecha, agora é que sim vamos ver a qualidade deles! A abrir e na economia.

Finalmente, a aprovação de um benefício para os empresários, para serem tratados como gente e contribuintes, para que numa altura má possam receber um vencimento e o dediquem às suas famílias. Muita gente no passado destruiu famílias, matou-se, nunca mais puderam ser activo no mercado, por completa perseguição de todos quando foram agentes de criação de riqueza para o estado e os empregados, ficando eles com o risco e a vida desgraçada. A grande maioria das vezes por culpa de políticos e governantes que não entendem as dinâmicas do mercado e de quem verdadeiramente cria riqueza. Essa gente não pode parar! Devem ter mais oportunidades do que os bancos, simples parasitas do mercado real.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 3 de Julho de 2020 07:13
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