Desabafo inerte



E stou aqui, ... jogado no meio de predadores, que usam da corrupção. Pessoas que são apontadas por unanimidade de respeito e cultura, mas que no interior, não passam de ladrões e desavergonhados, que usam da justiça e da democracia para pintar com laivos autoritários, só para tirarem aproveitos.

Pessoas que falam belas palavras decoradas, ludibriando e enganando os menos favorecidos. Acumulam seus tesouros e se embriagam, e comem abundantemente, quando saciados vomitam, desperdiçando os alimentos e as bebidas, enquanto que muitos passam fome e não tem o que beber. Berreiro, tragam mais aos senhores desde o armilar no verde e vermelho ao azul estrelado

Alguns, não lhes chegando a abundância, dão cabo do cérebro e do corpo, ficando desvairados e eloquentes na alucinação do pó branco, talco, talco, rabinho transpirado nesta humidade da época.

Ficam os Presidentes sem nada fazerem, a não ser estudando como tirar impostos e cobrar taxas dos que lutam pela existência de todos. Peritos em sacar até de contribuintes outros. Folgo saber o entretenimento, repartir aos amigos, falhar os compromissos e reinventar as promessas trespassadas a estranhos.

Muito breve hão-de chorar por uma folha, qual rolo sagrado desde a pandemia, abraçados em seus brasões de ouro. Seus poderosos conhecimentos se transformarão em loucuras, e seus poderios se transformarão em agonizantes noites de desespero. A sociedade, criada de abastança e migalhas, vai cobrar em dias e noites vindouras, muito pobres sairão à rua para vergastar os vomitantes e concomitantes.

Não sou profeta e nem astrólogo, mas alguém verá estrelas, aplicadas pelo povo, sou apenas um homem humilde e que sempre aprendeu que 2 + 2 são 4 e que não haverá época no futuro que mudará isso. Hoje eu sei diferenciar dores como sei diferenciar sabores. Há quem engula sapos, elefantes ou todo o zoológico mas, os vomitantes da abastança engolirão engulhos de fome.

As cicatrizes que em mim ficaram marcadas, um dia clamarão por seus feitores. Não os odeio, e não os maldigo, mas justiça seja feita, pois quem as fez que continuem fazendo, o dia chegará.

Em verdade sinto que, quando sentimos dúvidas, é porque realmente nos aproximamos da verdade, e quando esta desaparece, é porque definitivamente a encontramos. Idiotas, bandidos, por muito que comprem a história de agora, a que repassa e investiga encarregará de vos pôr como pandilha no Inferno.

Quem traíste e mentiste hoje para tamanha alegria de sucesso, gozaste da democracia e suas instituições mas ela há-de enfiar-te o voto rego acima para sair fotocopiada pela boca. Um dia quererás Saúde e a consulta será por cá e, te atenderá um veterinário, que te fará entender o efeito da luva que se veste até ao ombro, para bovinos e equídeos, quando se quer sentir o embrião desta vetusta sociedade que criastes sob signo da injustiça.

Sopa de pedra, literal e pejorativamente, se provoca ardor à saída ... é pedra pomes desta ilha vulcânica sem chama para fazer uivar o monte. Quer a luva ou voto? Não existem impérios eternos.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 17 de Julho de 2020 06:46
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