A lavagem de dinheiro e os princípios



``as linhas que vão dar à Madeira ...
ou do musseque de Luanda ao centro de saúde da Calheta``

D e uma forma breve serve o anexo, que foi extraído do jornal Publico do inicio desta semana, serve para refletir sobre como circulam alguns grandes negócios internacionais e como se lava e faz desaparecer dinheiro.

Angola, país conhecido pela potencial riqueza e pela real pobreza e a Madeira conhecida pelo seu sol, centro de negócios internacional e pelos seus padrões de qualidade de vida que, em nada se comparam com países do chamado 3 mundo.

Vale a pena reflectir sobre o principio dos offshores, ou centros de negócios, ou locais de fiscalidade atrativa. Na realidade, servem em grande parte para fazer movimentar e lavar dinheiro, fazem com que os países onde as mais valias são criadas, fiquem delapidados dos impostos que deveriam ficar em sede fiscal dos próprios, para assim se criarem melhores condições as gentes que laboraram para criar estas riquezas.

É assim em Angola, é assim em Portugal com a familia Soares dos Santos, dona dos Pingo Doces a levar as suas mais valias para a Holanda, onde pagam muito menos impostos do que aqui. Se todos nós pagamos impostos para com isso os governos melhorarem as condições de vida nos seus vários aspetos do país onde vivemos e trabalhamos, também qualquer grande magnata o deveria fazer. Mas a Madeira, a Holanda e mais uns 20 a 50 por este mundo fora, vão permitindo que as grandes fortunas se evadam e, na realidade, acabem por penalizar em muito os seus concidadãos.

Assim, na Madeira, todos se devem lembrar-se que quando entram numa qualquer obra social feita pelo Governo (e a titulo de exemplo o centro de saúde da Calheta), quando recebem um salário, quando usufrem de algo feito pelo Governo Regional. Em todos esses atos há uns cêntimos de um qualquer africano que trabalhou, para ter algo de volta feito pelo seu país mas, que acabou por ficar na Madeira e para os Madeirenses ...

É assim com os angolanos, com os guineenses da Guiné Equatorial e mais uns tantos (basta pesquisar na Net e nos artigos sobre os Panamá Papers) que se vêem isentos de receber de volta, pela mão dos seus Governos, algo que deveria ser feito com os impostos criados. Esse dinheiro acaba na Madeira pois a realidade é uma ... o centro internacional de negócios da Madeira serve e aceita de forma leviana que, fortunas de pessoas politicamente expostas em países altamente corruptos e extremamente atrasados socialmente, possam acabar na Madeira e a servir a obra social e orçamental do Governo Madeirense ...

Agora é tudo uma questão de princípios, ou dinheiro ...


Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 16 de Julho de 2020 13:35
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