Vai aí uma ladrada



S ou empresário, ou se calhar já fui, se há algo que me começa sinceramente a irritar é a ladrada de vaidosos que vai aí em debates, conferências, programas de rádio e televisão, etc. Talvez seja de mim, enquanto eles enchem o ego e a comunicação social vai atrás, a vida real de muitos madeirenses vai por água abaixo.

Se todos vocês prestarem atenção, vão ver como todos eles são do sistema e têm uma fonte de receita fixa com o Governo Regional, o que faz deles uns trapaceiros da opinião. Ou seja, fingem que percebem o que se passa, detectam problemas e dão soluções mas tudo isso é da boca para fora, teoria. Noves fora não dá nada ... dá o rendimento fixo que têm, por esta razão há tempo para andar em todo sítio, e são sempre os mesmos, há muitos anos, a destinar ou dar ideias dos caminhos que a Madeira deve percorrer. Se não tivessem a mama, andavam como todos os outros a resolver a sua vida sem qualquer esperança.

Não preciso ser convidado de conferência para dizer que quanto mais mamas do Governo Regional têm, mais ladram como é que se deve fazer o combate a crise. No fundo, eles não têm pena de si ou de mim, nem destinam um caminho para todos, eles sentem aquela necessidade de estar sempre a falar para garantir que enchem a cabeça ao Governo, sobre qual a solução que lhes convém para manter a mama e o império. Toda esta teoria vale zero se acabar a mama!

Um empresário comum, trabalhador, com algum sucesso a pulso e sem ajuda de ninguém, revolve-lhe as entranhas quando vê tudo isto. Estamos cheios de ladrada de políticos e chupistas do sistema mas de apoios nem vê-los. Eu cá acho que os planos de apoio servem para capitalizar os bancos mas não para a economia real. Quando os sôfregos de qualquer mama, conferencistas e banca, acabarem de arruinar a economia real entretidos a consumir tempo, vamos ver falidos, desempregados e pobres, como sempre toda a ladrada não serve para nada.

Um Governo decente actua logo e tem dinheiro para emergências. Aqui o tempo passa em ladrada.

Isto é muito simples, é preciso dinheiro emprestado ou a fundo perdido e já deveria estar entregue às empresas, se regulados pelos timings normais da economia real. Não está fecha. Se não abrirem aquele maldito aeroporto também o resto fecha, quando houver turistas não há empresas. O mercado interno está retraído, uns com medo do Covid, outros atingidos nos rendimentos e mais alguns que já perderam tudo. Toda gente diz que vem crise medonha e não fazem despesas. Achar que o mercado interno aguenta é de loucos mas também pensar no nacional, outros iguais nós, pior ainda.

Enquanto se decidiam os primeiros passos do turismo europeu, a Madeira estava no pára-arranca e no inventa-recua, eles passaram à frente até a situação estabilizasse na Madeira. Quando tudo estava decidido, a Madeira começou a se moderar, tarde para a alegria de outros destinos turísticos no país, Açores e continente. É por isso que vamos ouvindo muitas companhias que não reactivam os voos para a Madeira.

O que aconteceu é que tivemos mais uma ideia melhor do mundo, como o subsídio de mobilidade. Agora todos sabem que não serve mais estivemos 2 ou 3 anos a ladrar e o Governo a nos tentar convencer que era bom. A abertura da Madeira ao turismo está igual, agora ninguém diz a bosta que fizeram mas, daqui a 2 ou 3 anos todos vão falar de boca cheia, inclusive os que ladram em conferências. Macacos de imitação, visionários do passado.

E porque estou aqui a escrever? Também ando folgado de tempo porque tenho uma mama do Governo? Não, agora sobra tempo, desisti! Isto está entregue a teóricos e políticos profissionais que nunca geriram nada na vida que désse certo!

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 9 de Junho de 2020 06:38
Todos os elementos enviados pelo autor. Ilustração CM.