O GR já está mas vai entalar mais os empresários madeirenses



A Madeira faz parte de Portugal, a sua Autonomia integra-se à luz do Estado e da Constituição Portuguesa, pertence à União Europeia por ser parte de Portugal e submete-se às leis europeias e nacionais, só depois começa a sua Autonomia. Pedro Calado e Miguel Albuquerque devem perceber o seu lugar e não estarem deslumbrados, talvez extasiados, com o poder "local" que têm que lhes permite abusar e estar impunes.

A Autoridade Bancária Europeia (EBA), que supervisiona os bancos da União Europeia, teve que dar luz verde ao sector para poderem aceitar moratórias nos empréstimos de famílias e empresas afectadas com crise provocada pelo surto do coronavírus, sem que isso seja reconhecido como crédito em incumprimento. A Madeira o que pretende entre Estados e entre estes e suas Regiões Autónomas? Dar mau exemplo?

A Madeira está aflitérrima porque a sua gestão económico-financeira está exposta, desmascarada e agora, tal como não respeita a Constituição quer um quadro exclusivo, em atropelo ao que está vigente. É o "Síndrome de Elite", estou à margem da lei e das regras. Esta gente só agora percebe o buraco em que se meteu e quer que Lisboa invente? A Madeira já pensou como é a situação de outras regiões do país e do próprio Governo Central em relação à U.E.?

Cláudia Monteiro de Aguiar, eurodeputada do PSD-M, apressou-se com declarações onde define como “uma ligeireza, falta de rigor e de respeito no tratamento das questões relacionadas com o apoio financeiro à Madeira, que contrasta com o auxílio prestado, e bem, a outras regiões nacionais”. Que enormidade mas adjectiva sem substância com ligeireza, rigor e respeito, pouco afecta. Isto foi o grito do Ipiranga para consumo regional porque, paralelamente e depois de tanta certeza, os eurodeputados do PSD no P.E. tomaram iniciativa de saber se existe “alguma imposição legal, no quadro da União Europeia, que impeça o pedido do Governo Regional da Madeira para a moratória no pagamento de um empréstimo entre o Estado e a região autónoma", e “se o Governo Português pode reduzir a taxa de juro do PAEF e aumentar o período de reembolso, não estará habilitado a conceder moratórias no seu pagamento”. Meus amigos, a certeza do burgo é total desconhecimento que pergunta no P.E.!

Todo este folclore, quando todos sabem com que linhas se cosem, é jogo. O grande problema é a engenharia financeira truncada da Madeira, a se entalar sem receitas, vai desvendar como se produzem superavits fictícios quando paralelamente se fazem cada vez mais obras milionárias e megalómanas para consumir betão enquanto o poder dura.

A Madeira está como o país mas quer "inventar", está "entalada entre duas paredes, a dívida colossal e a União Europeia”. Eu estaria mais preocupado com as decisões sectárias do PSD-M em salvar exclusivamente as empresas do regime porque “os apoios a determinadas empresas não podem ser considerados ajudas de Estado, porque o Estado não pode distorcer a concorrência nem os mercados”. O PSD-M quer financiar a economia, fazer mais obras, repetir a Lei de Meios mas “as ajudas têm de ser estritamente para acudir ao efeito Covid”. Ninguém fala já de hospital novo nesta matéria. A Madeira,  por conta do seu endividamento, tem menos margem de manobra neste contexto. Esta é que é a verdade! Escondida dos madeirenses.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 20 de Junho de 2020 13:27
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