Gerir a falência



A lbuquerque deveria ter mais experiência a gerir dívidas e falências, até parece que antes de ser um dos políticos mais ricos do país, em 3 anos, não se regia pelas regras de mercado como qualquer mortal. Estar no GR, gera de facto um sucesso similar a qualquer gestor público, bem ou mal, a empresa pública nunca fecha porque aparece sempre dinheiro para salvar.

Hoje, um bom opinador do Diário de Notícias, tece uma série de considerações capazes de figurar no Correio da Madeira, e se vocês de facto querem ser os que dizem a verdade e não estão comprados, era de dar visibilidade aos seres pensantes. Para divulgar gratuitamente pelos burros com duas palas do PSD já há gente suficiente. Peço que repliquem o texto. Muito Obrigado.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 26 de Junho de 2020 16:27
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O Governo Regional sempre usou mal os rios de dinheiro que lhe tem chegado às mãos

JUVENAL RODRIGUES /26 JUN 2020 / 02:00 H.

Eu já havia alertado que a pandemia originada pelo covid-19, acabaria por dar lugar a uma crise económica sem precedentes. Resta saber gerir a falência.

Albuquerque pede autorização ao Estado para contrair dívida de 300 milhões para fazer face à devastação causada pelo “coronavírus. O Estado concede autorização até 480 milhões, mais do que Albuquerque pedia mas este não fica satisfeito porque agora quer o aval da República o qual apregoou publicamente que a Região não precisava do aval do Estado para se endividar. Como está mal preparado para governar faz as contas sobre o joelho e não se lembrou de um pequeno/grande pormenor. Se a contração do empréstimo junto da Banca tivesse o aval do Estado a Região pagaria 0,9% de juros, mas se o Estado não avalizar, os juros sobem para 2% ou seja, mais do dobro. “pela boca morre o peixe” e agora se não houver a boa vontade do Estado a Região vai pagar o dobro dos juros.

Como qualquer coisa serve para alimentar brigas, logo surge outro caso. Agora é por causa da moratória da dívida, pela qual estão a fazer um grade alarido, sem antes procurarem saber se tal é permitida pela U.E entre entidades públicas. Até poderá ser uma desculpa do Ministro das Finanças para recusar a moratória mas que outra coisa poderiam esperar depois de tantas e repetidas ofensas contra Lisboa ? Albuquerque e Calado só podem esperar mesmo o que esteja no rigoroso cumprimento da lei e não vale a pena tentar convencer que Lisboa está contra os madeirenses porque o que eles estão é contra a arrogância do G. Regional. Aqui o que está bem patente é uma “guerrilha” estúpida de cores partidárias para alimentar o egocentrismo de Albuquerque e Calado e os madeirenses estão a ser apanhados no fogo cruzado. Aqui o que existe, repito, é uma uma estúpida “guerra” entre um Governo do PSD-M contra um Governo do PS na Republica. Isto é exatamente igual ao que o G.R. faz com a C.M.F. tentando paralisa-la por não ser psd. Eles sempre, demonstraram uma doentia aversão a quem não seja da sua cor partidária.

A LFR aprovada em 2013, curiosamente, pelo PSD e CDS quando eram coligação na República, é outro “cavalo de batalha” usado desde o tempo do dr. Jardim que até se demitiu para provocar eleições antecipadas que de nada serviu.

Um governo sensato defenderia os madeirenses não com guerras estéreis mas com negociações idóneas e consensuais como acontece com os Açores. Este PSD-M com a sua estúpida atitude conflituosa está a isolar a Madeira do resto do país com consequências nefastas para os madeirenses, e para quê? Por mais meia dúzia de votos?

É óbvio que, nesta altura, todo o Mundo precisa de ajuda e a Madeira não foge à regra como tal recorrer a empréstimos é um mal necessário, o que me preocupa é saber como irá ser usado esse dinheiro, pois os madeirenses ainda estão a pagar dívidas escondidas por dinheiro esbanjado.

O Governo Regional sempre usou mal os rios de dinheiro que lhe tem chegado às mãos; Foi nas Sociedades de Desenvolvimento, foi em 22 piscinas públicas à volta da Ilha, foi em marinas, foi em recintos desportivos como o de Gaula que não serve para nada, foi no desporto profissional, foi nas PPP, foi nas Casas do Povo e em tudo o que dava votos mas nem sempre em benefício da Região. Ainda por cima o homem que vai gerir esse dinheiro, Pedro Calado, não está isento de pecado uma vez que quando estava na CM.F. deixou uma dívida à volta de 100 milhões e até usou dinheiro do município para celebrar contratos “swap acima dos 900 mil euros.

Além do mais os senhores Presidente e Vice-Presidente estão tão ocupado com as birras que nem apresentaram ainda um plano para reestruturação da economia da Madeira sabendo que o endividamento dos 480 milhões só pode ser planeado até final de 2020. É necessário que explique aos madeirenses como tenciona usar o dinheiro dos empréstimos mais aquele que virá a fundo perdido porque apesar desta aparente facilidade em adquirir dinheiro, não tenhamos ilusões que no futuro teremos uma pesada fatura a pagar. Como dizia o Dr. João C. Neves, doutorado em economia, “não há almoços grátis” o que significa que alguém terá que pagar a recuperação da economia, portanto o dinheiro terá de ser bem aplicado.

O leitor lembrar-se-á, certamente, das engenharias financeiras levadas a cabo pelo antigo vice-presidente do G.R, João Cunha e Silva quando instituiu as S. D. apenas para contornar a lei do endividamento zero imposta pela Ministra Ferreira Leite com o fim de contrair dívida em nome das Sociedades mas com o aval da região. Hoje as S.D. continuam a ser autênticos sorvedouros de dinheiro e não servem para outra coisa que não seja assegurar bons ordenados aos conselhos de administração.

Como vêm, o que nos deve preocupar é todo um passado de dinheiros mal gastos e alertar para que não volte a acontecer. Lá diz o ditado: “gato escaldado, de água fria tem medo” e os madeirenses ainda estão a pagar um PAEF, de má memória, por dívidas escondidas.