Perdoem-me o cepticismo, segue para publicação. Muito Obrigado.
Caros leitores do CM,
D á dó passar na zona hoteleira à noite, uma cidade fantasma, sem movimento hoteleiro ou de serviços de restauração ou bares. Alguns tentaram abrir na primeira oportunidade mas fecharam, a despesa é maior do que a receita. A zona hoteleira do Funchal vive claramente, se não em exclusivo, a noventa e muitos por cento do Turismo. Dá que pensar.
Impensável é ver hoteleiros que já nem querem preencher a lacuna com turismo interno do país mas de turismo local, com os próprios madeirenses. Diz tudo! Por qualquer que seja a razão, medo do Covid, falta de voos ou outras opções, o certo é que, assim, quem tiver dívidas aos bancos, por ter apostado no turismo, vai morrer, e outros irão ficar com monos vazios para além dos muitos desempregados.
Impensável é ver hoteleiros que já nem querem preencher a lacuna com turismo interno do país mas de turismo local, com os próprios madeirenses. Diz tudo! Por qualquer que seja a razão, medo do Covid, falta de voos ou outras opções, o certo é que, assim, quem tiver dívidas aos bancos, por ter apostado no turismo, vai morrer, e outros irão ficar com monos vazios para além dos muitos desempregados.
Creio que vivemos de propaganda interna e de total ausência de intervenção no exterior, estamos entregues ao que os operadores turísticos e as companhias de aviação determinarem e não da intervenção do GR que só atrapalha e erra. Esta decisão dos players tem muito a ver com o que somos na gestão do turismo e de como lidamos com operadores, vendedores e companhias. Não conta a imagem criada.
Sinto desinteresse porque vejo outros destinos turísticos no país já a mexer mas, a Madeira não, só se consegue chegar a uma conclusão! Senão vejamos:
- Diversas vezes destino insular de ouro
- Notoriedade advinda do Ronaldo
- Imagem de combate de sucesso ao Covid-19
- Imagem de Clean & Safe
- Reconhecimento em poucos terceiros como destino seguro
- Uma ilha que se trancou para não propagar
- Xenofobia a querer ver turistas pelas costas no início da pandemia
Se temos tudo isto, honrarias, distinções e exemplo de combate à pandemia, mas também pecados, qual a justificação dos operadores e companhias não optarem pela Madeira, no arranque dos seus voos, se o saldo é positivo? Porque preferem zonas mais afectadas, até de Espanha e norte do continente em vez da Madeira? Expliquem-me como é que o nosso secretário do Turismo disse que seríamos dos primeiros a reabrir ao turismo e afinal estamos a ficar no rabo da lancha?
Acho que a resposta é esta meus amigos, a Madeira quis construir uma imagem à parte do país. O secretário da Saúde passa o tempo em auto-elogios e a mandar bocas para o continente, quer impor esta ideia mas é um grão de areia no imenso areal. O PSD Madeira, o seu Governo Regional, Albuquerque, Calado, Jesus e Ramos, nunca perceberam que teriam a imagem global do país e que este é muito mais tolerante e acessível para o negócio do Turismo do que a Madeira, que anda obstinada em estar "fechada e abrir", fechada e com medo do Covid como primeira opção a querer que o turismo se vergue a um tratamento impossível para quem vem arejar e quer passar bons tempos. O PSD-M quer abrir oferecendo um inferno para o turista entrar. Lidas as condições, a Madeira fica para trás, a cada reunião para abrir voos o nosso destino é descartado e à medida que se vai vendo hostilizada, interna e externamente, vai recuando e perdendo tempo para no fim e de forma muito atrasada ser a última a abrir na prática.
O problema é de má gestão, o destino já é de exploração difícil, tem uns governantes intragáveis e, para negócios seguros, ninguém terá a Madeira como primeira opção. Seremos, bem mais lá para a frente um destino dos restos dos voos, onde se pode ir buscar mais uns trocos mas não o "core" do negócio. A Madeira que vende orgulho, acabará dizimada.
Se estávamos isolados do país, estamos isolados da Europa por opção política de um bando de bestas.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 13 de Junho de 2020 11:34
Todos os elementos enviado pelo autor.
