Destino de Ouro falha no apoio aos sinistrados da derrocada de outubro passado



O ntem, o programa da tarde "Júlia" da SIC, relembrou o caso da derrocada de 30 de Outubro passado, na Levada do Caldeirão Verde, pela falta de apoio regional e de coordenação no caso de um casal português, únicos, no grupo de turistas (essencialmente franceses) que estavam no local na fatídica hora.

Numa hora que a Madeira necessita, ou diz que necessita do turismo nacional, é uma verdadeira machadada que lembra a todos como, a aposta em horas de lazer na Madeira, as bem sonhadas férias, podem marcar para sempre as vidas.

Envio duas peças que tive o cuidado de recortar, uma com um resumo e outra com a entrevista integral. Se têm um pouco mais de tempo neste fim de semana, aconselho vivamente a verem.

O único apoio de registo que o casal português teve, narrado na primeira pessoa, foi do alojamento que o permitiu gratuito durante o internamento hospitalar e de uma pastelaria. Os bombeiros foram dedicados mas chegaram impreparados para auxiliar medicamente os acidentados, sobretudo os 3 mais graves. Das entidades oficiais nada, até o taxista que deveria auxiliar as deslocações duas semanas depois informou que nunca recebeu contacto do GR, presume-se que também acabou por auxiliar do seu bolso para não queimar o bom nome da Madeira. O saldo final resulta que, claramente, houve dualidade de critérios, um tratamento diferenciado aos turistas franceses que foram mais apoiados do que o casal português, ninguém sabe se por algum seguro ou pelo Estado Francês.

Os sinistrados portugueses depararam-se com o facto das Levadas da Madeira não terem seguro de responsabilidade civil como os trilhos e caminhos pedestres no continente, segundo a acidentada.

Vídeo com o resumo das necessidades neste momento:


Nas guerras entre Funchal e Lisboa, são nestes casos que vemos que há política a mais e serviço a menos, que os nossos impostos têm burocracia e incompetência como retorno e que apesar de tudo é o mesmo país.

O transporte para Lisboa, pelo seguro, funcionou mas a ligação entre os serviços de saúde regional e nacional não, deixando uma pessoa em estado critico desamparada e ao sabor dos humores de todos os que não estão preparados para casos excepcionais. Preferem a burocracia ao atendimento médico. Este caso é um exemplo para continentais e madeirenses que se movem em turismo pelo país e que encontram sempre muito falatório político em vez de se dedicarem aos serviços essenciais que importam.

Se o socorro ficou aquém das expectativas, pela dificuldade de chegar ao local e falta de avaliação da dimensão da tragédia, a ligação entre os serviços médicos regional e nacional foi nenhum, a Segurança Social não apoia e todo este enorme sarilho para um casal remediado se mostra monstruoso para se poder actuar. Esta é a imagem da Madeira a evitar!

Se andam manhosamente a não conservar conveniente as Levadas, ex-libris do Turismo regional, para ensaiar uma entrega para exploração do Pestana, pode ser que o próprio Turismo morra antes da jogada.

A entrevista na integra a não perder:


Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 27 de Junho de 2020 12:28
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