P or motivos de saúde tinha prometido às minhas filhas que nunca mais escreveria no Correio da Madeira, mas só o meu amigo Miguel Albuquerque é que me fazia quebrar uma promessa. Ontem vinha no carro e ouvi na Antena 1 uma entrevista de sua Excelência, o Senhor Presidente do XIII Governo Regional da Madeira.
A entrevista até estava a correr bem até que o senhor jornalista ingenuamente faz a pergunta sobre a sua eventual candidatura a Belém. E de repente o Miguel Albuquerque, o social-democrata que em tempos conheci posicionou-se estranhamente na extrema-direita, com um discurso que roçou o populismo de Marine Le Pen. Isto não pode ser ele pensei, este não é o Miguel que fazia chorar as gajas boas da Jota. O que mudou?
Há muito tempo que estou à parte da política, e por isso já nem sei quem manda nesta terra, mas definitivamente alguém quer tramar o Miguel. Se calhar algum génio de marketing de baixa estatura deve ter pensado que se o André Ventura com a sua política populista consegue os votos dos Nazis, dos descontentes e dos polícias, Miguel conseguirá muito mais, e que aconteça o que acontecer, Miguel sairá sempre a ganhar.
Mas, se o Miguel pensa que pode ser um modo de sufragar a sua popularidade antes de umas eleições regionais antecipadas, engana-se. Que me lembre, até o Coelho teve uma boa votação na sua campanha presidencial, e se a meta é ter um resultado na Madeira superior ao de Marcelo é melhor tirar o cavalinho da chuva.
Em tons de brincadeira, com André Ventura à sua Direita, Miguel Albuquerque poderá no máximo contar com os votos de muitos madeirenses, da Opus Dei do PSD, dos Gays, dos Ciganos e dos Pretos.
Para quem ainda se lembra, o Miguel sempre conseguiu votos com as desgraças. No 20 de fevereiro popularizou-se por aparecer de mangas arregaçadas e de colete à frente do caos da cidade e isso deu-lhe ânimo para derrotar Alberto João Jardim. Em 2020, a pandemia trouxe-lhe popularidade como nunca teve, e até há gente que já o considera o Jesus Cristo ressuscitado.
Miguel tem que deixar de acreditar em truques de marketing rasteiros que todos já conhecem e deve ir já para eleições regionais antes que a economia bata no fundo, e o melhor é que com uma cajadada mata três coelhos: o Cafôfo, o Barreto e o Calado.
Miguel, e quem não salta não é da Jota!
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 23 de Maio de 2020 09:39
Todos os elementos enviados pelo autor.
Caro autor, o CM dá saúde, evita depressões, traz alguma moralidade, traz ideias e atropela a imbecilidade, faz recuar, é guia da governação, faz o papel da oposição dormente, transfere o medo para outro lado, tem um imensurável alcance todavia por descobrir, os números atestam. Ninguém gosta e poucos dão like, aparentemente é um "Marco Paulo". A receita está certa. Um texto por dia é uma consulta que adia. Escreva sempre, a sua natureza CM é mais forte do que a promessa. Todos são bem vindos, sempre! Queridas filhas ... escrever no CM dá saúde.
