Máscaras, dos comerciantes aos ignorantes






E stou na situação de quase todas as pessoas, em se preocupar em ter máscara para poder fazer a sua vida dentro de alguma normalidade. Venho aqui expressar o que acho disto tudo e a minha experiência.

Primeiro um elogio, do que tenho experimentado, cabeleireiros e fisioterapeutas, pelo menos os meus, foram os mais bem cotados nesta coisa de se organizar para evitar o Covid-19. O Pingo doce foi sempre bem desde o início, o Continente começou mal mas está ao mesmo nível agora. Basta um deslize, e isso tenho visto nos outros sítios mas, também vos digo, há lugares impossíveis de se estar atento às medidas de desconfinamento e protecção ao Corona Vírus e conseguir trabalhar. Portanto, temos sítios propagadores natos, mas a economia se abre a uns e não a outros vai dar confusão. É um problema casar protecção com o trabalho.

Gostei de ver finalmente alguma franqueza no GR, através do Pedro Calado, a distribuição das máscaras correu mal porque a encomenda que fizeram ao exterior não se consumou e decidiram, e bem, apostar na prata da casa para deixar os rendimentos nas famílias madeirenses. Acontece que depois as empresas locais não tiveram capacidade de resposta, não estão dimensionadas, não olharam para uma certificação e os correios falharam. Todas as máscaras deveriam ser iguais na concepção por uma base científica, não umas simples, com tecidos diversos, com feltro e sem ele, etc.

Esta situação deu lugar à agressividade dos "comerciantes" pelo novo filão, uns com soluções industriais, outros caseiros para ganhar algum. Quase sempre, as reutilizáveis caseiras não têm uma confecção orientada para a eficácia do seu fim, excepto as de ranhura para meter um feltro que se compra na farmácia ao pacote de 100 mas que se tem de cortar a meio e dá para 200. Por norma, como pouco pano é necessário, a confecção da generalidade são restos de tecidos de outras confecções aproveitadas para o efeito, não se liga à função desde que tape ...

Até mesmo as industriais tem que se diga, para mim as melhores são as azuis claras com interior branco e elástico. Existem umas integralmente brancas com fitas para amarrar que, até que se ponha do tamanho certo, desistimos delas.

Quanto ao manuseamento, depois das criticas favoráveis ou não aos produtos, tenho que dizer que estou horrorizada com a elevadíssima percentagem de pessoas que não sabem manusear. Era preferível nas as terem. E depois não pensam! Ir sozinho no carro de máscara serve para quê? Um homem põe um preservativo quando está só? ... se calhar.

O problema do manuseamento da máscara parte da falta de informação, explicar como o vírus se propaga para termos atitudes que o evitem. Queria pedir ao Correio da Madeira uma publicação com todo tipo de posições que se vê da máscara. Alguns estão claramente a obedecer às regras (usar onde é obrigatório) mas a desprezam o fim que é evitar o vírus. Só me falta ver uma máscara a servir de bandelete, gosto especialmente da posição "nariz de fora" para respirar melhor. Por agora mando as soluções chinesas.

Enviado por Denúncia Anónima 
Quinta-feira, 7 de Maio 2020 12:43
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