CTT nem para tocar corneta


H á uma série de pessoas que vivem de biscates e foram bem notadas nesta crise sanitária. Não têm qualquer protecção porque saíram da órbita dos meios que validam trabalho com vínculo, estão marginalizados por questões legais (infortúnio) ou, na maioria, são os condenados da meia idade por desemprego. Esta meia idade é uma geração familiarizada com as novas tecnologias e descobriram como vender as suas produções caseiras ou material dispensável, através da internet, nas plataformas sobejamente conhecidas, regionais, nacionais ou internacionais.

É lógico se abrir ao mundo e ter mais oportunidades de vendas e isso cria a necessidade de usar transportadoras que, infelizmente na Madeira, são caras para muitos pequenos valores e que muitas vezes inviabilizam os negócios. É aqui que o preçário dos CTT vale a pena. Vale se correspondessem com o serviço, assim inviabiliza tudo.

Como todos sabem, quem compra (quem paga) tem uma protecção para não ser burlado, a par disso, o registo de satisfação dos clientes vai somando uma imagem pública, um perfil de credibilidade ou não. Acontece que as pessoas na Madeira podem ser do mais honestas possível mas se os Correio de Portugal intervêm estamos feitas ao bife!

Desde que foram privatizados, os Correio de Portugal são uma coisa difícil de descrever. Um serviço destes não pode estar longe das pessoas, como bem tentaram. Os correios não podem ter uma tabela de preços, onde a pessoa decide o que melhor lhe convém, por tempo e custo, e de nada vale porque os correios mandam tudo, ou quase tudo, por navio. Não me chamem de mentirosa, eu fiz a experiência com três serviços distintos e a piada é que o mais caro chegou depois. Impressionante. E quando se perde nunca encontram, dão por perdido e ... fica-se assim. Já me aconteceu passar por todo este processo e um mês depois, perdidas as esperanças até pelos CTT, surge a encomenda em casa.

Mas não é tudo, quem depende dos CTT, para além do mau nome que herda nas vendas online, como já devem estar a adivinhar, nem consegue provar a sua inocência e de que foi o mau serviço de transporte que provocou a situação. A dúvida fica sobre o vendedor que, mesmo aderindo aos serviços com tracking observa a total bandalheira. Nada aparece. Não funciona. O mais caricato é que quando somos compradores, nem a entrada no país sabemos que ocorreu, temos que ir aos estrangeiros para saber que partiu.

Trabalhar com os CTT, hoje em dia, torna uma pessoa séria numa mentirosa, numa aldrabona, não se consegue provar nada porque estão calejados a se safar. Somos banidas das plataformas de vendas online para passarmos a constar com nomes e contribuintes de outras pessoas para ganhar mais uma oportunidade. E agora com as máscaras que jeito dá ...

Quem visita o Portal das Queixas percebe o horror de serviço em que se tornou os CTT.  A comunicaçãon social bem tem dado eco mas, a questão que se põe é que vamos anos nisto e a ANACOM regista, queixa-se mas ninguém acaba de vez com esta bandalheira? Metam uma coima a matar para desaparecer com esses nabos exploradores.

Indignada, exijo neste momento, o retorno dos Correios de Portugal à esfera pública, rua com essas bestas que deterioraram o serviço e estragam o bom nome do país e das boas pessoas. Aldrabões!

Enviado por Denúncia Anónima 
Segunda-feira, 4 de Maio 2020 14:51
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