Anunciar para a fotografia é matar



Q ualquer empresário conhece o instinto predador do Estado, o que implica um só sentido autoritário, muitas vezes injusto, quando deve muito e atrasado, mas não querendo fazer encontro de contas. Cego quando decide que temos que pagar sempre e fazer perder a liquidez que mantém as empresas, para o Estado ir ao seu ritmo e não pagar a tempo e horas. Sim, o Estado tem sempre prazos e coimas mas nunca paga a tempo e horas e se reclamas serás um excomungado. Só os amigos têm direito a juros de mora ou até a especial atenção de ser o próprio Governo a tomar a iniciativa da indemnização. Para não falar da injustiça no jogo do IVA que quando é a nosso favor é cheio de truques para ir adiando e normalmente metendo o medo da fiscalização que, do que se vê no mercado de compadrios e de gente a facilitar os grandes, julgamos sempre que nós, por ousarmos, vamos servir de exemplo. Uma máquina fiscal já feudo bem pagante de tachistas do regime e que fecha os olhos a alguns prevaricadores. Tal como na Segurança Social ... Isto chama-se concorrência desleal.

O Governo Regional e a ALR está cheia de ignorantes empresariais e de amigos com empresas falidas, que desconhecem os tempos em que a economia real funciona para perceber que não podem fingir acção com anúncios sem ter os financiamentos montados. É repugnante que gente que já passou mal, agora sob a asa dos amigos da política não se mexa a mudar este estado de coisas, são uns falsos que vociferam contra Lisboa sabendo que o GR mata empresas. Preferem se deixar em graça pensando em si.

Estes anúncios criam uma ilusão de celeridade aos empresários, que apostam nisso e saem defraudados e desanimados. O empresário tem todos os riscos e chega-se à frente, dá o cabedal, corre o risco, é sempre o último a receber ... se receber, e ainda leva muitas vezes com bocas injustas que o caracterizam como sendo o mau da fita, como se não tivesse que gerir uma manta com tantos pés de fora, como se não tivesse dado tudo pondo a sua própria família mal, a ver as crianças dos políticos e governantes sorridentes e sem stress, enquanto os nossos filhos carregam o que sentem em casa.

O nosso país não perde empresas e empresários por acaso, perde-os porque ou o empresário faliu no marasmo, lentidão, burocracia, planos de cobranças dilatados e sempre a dilatar, tornando-se ele próprio um banco, ou vai à procura de um país mais amigo do mundo empresarial.

Tudo isto é uma fantuchada e acaba sempre com o empresário como "monstro com lepra" que ninguém deita a mão, que apesar de ter iniciativa é o menos protegido pela Segurança Social, que ninguém faz justiça de reconhecer que ninguém consegue gerir com tantos imponderáveis num mercado curto, viciado e inoperativo, onde o Governo Regional é o maior cliente, pagador e condicionador pelos seus amigos da economia regional. Todos limpam a sua ficha de maus políticos com umas eleições, ao empresário nunca! Malvado!

Já passamos por muitas crises e nunca estamos bem nem nunca saímos totalmente de uma, para quem está há muito tempo cansa, para quem começa agora com uma micro-empresa saído do desemprego vai se arrepender. A pior coisa que podemos fazer é acreditar sempre e ir protelando uma decisão, sempre com esperança, porque todo esse tempo em que esperamos é uma morte lenta, porque isto nunca muda, especialmente com gente que anuncia rápido e só beneficia amigos onde eles próprios têm interesses. A Madeira é de meia dúzia e a quantidade de empresários vai mingar como a demografia. É que trabalha-se o mesmo para poucos e viciados como para muitos num mercado amplo, onde pelo menos se pode escolher os clientes ... e até o governo.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 18 de Maio de 2020 10:38
Todos os elementos enviados pelo autor.