A dualidade de critérios gera critica e aponta privilégios


Perante uma circunstância de exceção, como a que estamos a viver, os dirigentes políticos e a sua cadeia de nomeados estão sob enorme pressão, mas isso não pode ser desculpa para o que temos vindo assistir relativamente àqueles que estão encarregues, profissionalmente, de prover pela manutenção dos espaços públicos, ou numa verdade de La Palice, daquilo que é de todos nós.

Vem isto a propósito do que se consegue ver, por exemplo, quanto aos pavilhões desportivos desta Região sob a gestão da Direção Regional do Desporto (DRJD), no caso concreto, no Pavilhão dos Barreiros, onde está sediado o Hóquei Clube da Madeira. 

Sei que não é o melhor momento para fazer uma avaliação profunda dos comportamentos relativamente à normalidade possível, mas ainda assim deviam ser tomadas medidas para evitar que este tipo de condutas fossem permitidas, mais ainda quando os verdadeiros utilizadores deste tipo de espaços (os atletas e os treinadores) estão inteiramente proibidos de o fazer.

Como se pode explicar às crianças que lhes é vedada a prática das suas modalidades, mas depois elas próprias se deparam com estas fotos quotidianamente nas redes sociais?

Reporto-me, a título de exemplo, à lamentável conduta do senhor Emanuel Gonçalves, funcionário da DRJD, fotografando-se diariamente no Pavilhão dos Barreiros, não atuando com o dever de zelo, correção e obediência, e mais grave, demonstrando uma atuação descuidada e inadequada fruto de uma irresponsabilidade pessoal mas que não deve passar incólume à Direção Regional e neste caso ao próprio Governo Regional da Madeira, entidade empregadora.

Sucederá o mesmo noutros Pavilhões desta ilha, fechados para uns mas abertos e disponíveis para que os funcionários e amigos próximos ali possam exercitar-se? 

Por mais que possamos estar numa época das nossas vidas sem precedentes, há comportamentos totalmente inadmissíveis.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 14 de Maio de 2020 23:13
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Nota: houve um atraso na publicação deste texto, fomos alheios mas pedimos desculpa.

O poder tem sempre excessões e elites que o matam
quando deveriam governar por igual e para todos:
O desporto pode criar esperança onde outrora só havia desespero. É mais poderoso do que o governo na destruição de barreiras raciais. O desporto ri na cara de todos os tipos de discriminação.
Nelson Mandela